Quando falamos de experiências, muitas pessoas pensam na construção de um vulcão que solta lava ou colocar diferentes elementos químicos no fogo para ver alterando as cores mas, no texto de hoje, iremos mostrar um lado diferente dos experimentos. Iremos falar sobre experiências que podem ser feitas com questões de estatística e envolvem probabilidade, entre outros elementos. Assim, vamos falar de alguns experimentos que podem ser feitos com amigos ou com a família.
Roleta Russa de Ovos
Neste primeiro experimento, iremos precisar de 8 ovos cozidos e 4 ovos crus, mas se quiser ficar mais barato e não gastar comida pode fazer com papel com cores diferentes. Assim, pode ser realizado com 2 pessoas, sendo que uma será a convidada e outra pessoa será a “apresentadora”.
O primeiro jogador é sempre o convidado do show e deve escolher entre um dos ovos, uma vez que pega o ovo, não pode devolver. O jogador então deve jogar o ovo na própria cabeça. Após, é a vez do outro jogador (o apresentador do show) fazer a mesma coisa. O processo vai se repetindo. Quem tiver dois ovos crus jogados na testa primeiro perde o jogo. Se quiser fazer com papel, precisa colocar 8 de uma cor e 4 de outra em uma sacola que não dê para ver as cores e quem retirar dois papéis com a cor de menor proporção perde.
Dessa forma, no primeiro momento a probabilidade de escolher um ovo cru é de 4 em 12, ou seja, 33,3%. Na primeira rodada, se o convidado escolheu um ovo cozido a probabilidade aumenta para 4 em 11, ou seja, 36,36% de escolher um ovo cru na segunda rodada, mas se escolhesse um ovo cru na primeira rodada a probabilidade seria de 3 em 11, ou seja, 27,27% de escolher um ovo cru na segunda rodada. Assim, as probabilidades seguem o mesmo padrão nas rodadas futuras e é muito divertido fazer esse experimento.
Tem um vídeo no youtube que retrata o que foi dito anteriormente, que pode ser acessado neste link: https://www.youtube.com/watch?v=jKCvV7BPc-c&ab_channel=TheTonightShowStarringJimmyFallon.
Diferenciar Coca da Coca Zero
Algumas pessoas afirmam que conseguem distinguir o sabor da Coca-Cola normal da coca zero. Assim, neste experimento iremos testar para comprovar se esta afirmação é verdadeira.
Para este experimento iremos precisar de uma “cobaia” para experimentar as bebidas e uma pessoa para organizar os copos. Dessa forma, sorteia-se, sem a pessoa saber, coca ou coca zero, usando um dado (se sair par, recebe uma Coca-Cola normal, se sair ímpar, uma coca zero). A bebida sorteada é então dada à pessoa, que deve experimentar e dizer que tipo de Coca-Cola está tomando. Repetimos isso 20 vezes e anotamos o total de acertos.
Após esta parte, precisaríamos realizar um teste de hipótese para analisar se a pessoa realmente sabe diferenciar os dois produtos ou ela somente está “chutando”. Assim, por exemplo, se ela acertar 19 tentativas, teremos evidências o suficiente para negar que a pessoa não consegue distinguir os dois produtos.
Este experimento foi realizado por Fisher e em um de seus famosos experimentos, ele testou a capacidade de uma senhora em distinguir se a xícara estava servida com o leite colocado antes ou depois do chá.
Cores de confeito comestível
Uma conhecida marca de chocolate é vendida em pacotinhos contendo sete cores diferentes: laranja, rosa, vermelho, amarelo, verde, azul e marrom. Suponha que você esteja curioso sobre a distribuição das cores dos M&M’s no pacote e pergunta: todas as cores aparecem na mesma proporção? Esse é o tipo de pergunta que pode ser respondida com um teste de aderência!
Assim, para realizar este experimento precisaremos de um saquinho de confetes e você irá precisar contar quantos existem de cada cor. Depois realiza o teste de aderência. Dessa forma realizei um teste na minha casa com uma marca que continha 7 cores e, portanto, a proporção esperada de cada cor é de 1/7. O observado foi:
Realizando o teste de aderência não temos evidências para rejeitar a hipótese de que todas as cores têm a mesma proporção.
Conclusão
Espero que gostem de realizar estes experimentos e se divirtam fazendo um pouco de contas. Além disso, mostramos que a estatística pode estar envolvida no nosso dia a dia.
Autor: Rubens Cortelazzi Roncato
