Uma análise sobre ENEM — Estat Júnior

O Enem pode ser utilizado como critério de seleção para quem pretende ingressar em faculdades públicas ou privadas, substituindo o vestibular.

Nesse estudo vamos considerar que a nota geral dos candidatos é obtida a partir da média calculada dos resultados alcançados em cada área de conhecimento, ou seja:

1. Ciências da Natureza e suas Tecnologias;

2. Ciências Humanas e suas Tecnologias;

3. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;

4. Matemática e suas Tecnologias;

5. Redação.

Esses resultados são calculados por meio de um método chamado Teoria da Resposta ao Item (TRI), onde cada questão é considerada como um item. Pelo TRI, cada acerto tem um peso específico, baseado em diferentes graus de dificuldade.

A pontuação de todas as provas, incluindo a da redação, é de 0 até 1000. Depois de verificar os pontos obtidos por cada área de conhecimento na página do participante, o candidato deverá somar todas as notas e, por último, dividir este resultado por 5 (cinco). A média obtida será sua nota geral.

Assim, utilizaremos dados divulgados pelo INEP de 2014 a 2018, incluindo alunos treineiros, para tomar algumas conclusões.

Diante dos 5 anos analisados, é possível notar que as médias das notas dos candidatos do sexo masculino foram elevadas em comparação às do sexo feminino nas áreas de Ciências da Natureza (CN), Ciências Humanas (CH) e Matemática (MT). Porém, nesse mesmo período, observa-se superioridade na média das notas femininas de Redação (RD) e médias acordadas entre os dois grupos na área de Linguagens e Códigos (LC).

Observando os gráficos abaixo, é possível analisar a ocorrência do mesmo padrão em todos os anos, então não houve muitas mudanças nas médias entre as raças/cores. Além disso, nota-se que as pessoas brancas têm as maiores médias, as pretas e pardas apresentaram semelhança nas médias, sendo elas um pouco inferiores às das pessoas amarelas, e os indígenas obtiveram as menores médias.

Em geral, nos últimos 5 anos o ranking de estados com as maiores médias não foi muito alterado. Dentre os 5 piores, o Acre (AC) permaneceu em último, enquanto Tocantins (TO), Amazonas (AM), Amapá (AP) e Maranhão (MA) alternavam-se entre as demais piores posições. Quanto aos 4 melhores estão Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Santa Catarina (SC) e Minas Gerais (MG), com alternâncias entre si durante os anos. O 5º melhor colocado era o Paraná (PR), que perdeu sua posição para o Distrito Federal (DF) a partir de 2016. A diferença da média entre o melhor e o pior colocado é aproximadamente 50 pontos.

As médias das escolas particulares sempre foram muito superiores às de escolas públicas, principalmente na redação, que chegou a aproximadamente 150 pontos de diferença. Porém, em 2018 houve uma queda brusca na média das escolas particulares, chegando próxima à média das escolas públicas, com ênfase na redação, que caiu em torno de 150 pontos em relação ao ano anterior.

Uma das possíveis causas dessa queda na nota da redação pode ser o tema abordado, que fugiu um pouco do estilo cobrado anteriormente.

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Texto por: Nickolas Petit

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