No texto de hoje, iremos falar sobre um tema muito importante e discutido atualmente. Assim, iremos falar primeiramente sobre a história da ciência, em que a palavra “cientista” foi criada por William Whewell no século XIX. Antes deste período, as pessoas que investigavam a natureza eram chamadas de filósofos naturais, sendo que essas pessoas são descritas desde a antiguidade clássica.
Prosseguindo com a história da ciência, iremos para a Grécia, em que o pensamento dogmático coloca as ideias como sendo superiores ao que se observa, pois a ideia permanece mesmo tendo fatos que destruam o dogma. Outro tipo é o pensamento cético em que coloca o que é observado como superior às ideias.
Avançando um pouco mais chegaremos na revolução cientifica, em que há uma mudança de foco e a ciência passa “a focar em questões sobre manipulação da natureza, e esta nova ênfase da ciência levou, inevitavelmente, à manipulação das pessoas (ética)” (https://ciencia-na-net.blogspot.com/2011/). Além disso, neste período a prática da ciência se tornou profissional e institucionalizada e houve um aumento na produção.
Com uma breve história finalizada, iremos para a definição de ciência e não ciência ou pseudociência. Dessa forma, a ciência pode ser descrita como o conjunto de conhecimentos com relação a natureza, sendo que há a produção de conhecimento com métodos sistematizados e de comum acordo entre a comunidade científica.
Além disso, está baseada em observações empíricas e precisa ser testável para pertencer a ciência, outra característica da ciência é que é possível de ser contestada e pode sofrer mudanças ao longo do tempo, ou seja, após um cientista publicar a sua descoberta e a ciência tornar aquela teoria como plausível, outros cientistas tentarão buscar falhas naquele modelo e assim atualizando sempre a descoberta. Também, é importante perceber que a ciência não possui ambiguidade e não informa 100% de certeza, pois envolve um sistema complexo.
Por outro lado, a não ciência ou pseudociência, possui afirmações gerais e abrangentes, sendo que aceita verdades sem o suporte de uma evidência experimental. Além disso, muitas vezes a pseudociência aceita verdades que contradizem resultados experimentais estabelecidos. Outra parte que a não ciência é insuficiente é que deixa de fornecer uma possibilidade experimental de reproduzir seus resultados. Também, há a violação da falseabilidade e da Navalha de Occan (o princípio da escolha da explicação mais simples quando múltiplas explicações viáveis são possíveis).
Assim, um exemplo de não ciência é a homeopatia, que surgiu como um tratamento alternativo para algumas doenças. Quando sugerem tomar certo remédio que a doença será curada em 5 dias, porém em 5 dias, normalmente a doença que a pessoa tem já estaria curada, mesmo não tendo tomado o medicamento que a homeopatia havia falado. Outro exemplo de pseudociência é a astrologia, que estuda a posição dos astros e diz que tem efeito sobre as pessoas. Assim, surgiu na antiguidade junto com a astronomia (que é uma ciência) e foi comprovado que os astros não influenciam no comportamento.
Concluindo, temos que a ciência é um sistema de adquirir conhecimento baseado no método científico e a não ciência é o que não se encaixa nesta definição.
Autor: Rubens Cortelazzi Roncato